AdilóDidomenico/PSDB, Denise Pessôa/PT, Felipe Gremelmaier/MDB e Mauricio Scalco/PL se posicionaram contra as chamadas fake news e explanaram seus planos em torno da área da comunicação
Em diálogo com a campanha da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) sobre o direito e o dever de duvidar, a seccional da região (ARI Serra Gaúcha) promoveu, na última terça-feira (27/08), o evento "O poder de duvidar: seminário de combate à desinformação". Cerca de 70 pessoas acompanharam a iniciativa no plenário do Legislativo caxiense. Além de receberem instruções sobre como identificar e evitar a propagação de informações falsas, o público pôde ouvir o posicionamento dos candidatos à prefeitura de Caxias do Sul em relação às chamadas fake news. AdilóDidomenico/PSDB, Denise Pessôa/PT, Felipe Gremelmaier/MDB e Mauricio Scalco/PL também explanaram seus planos em torno da comunicação.
Para a realização do seminário, a ARI Serra Gaúcha contou com o apoio do Parlamento Municipal e a parceria do Cartório Eleitoral de Caxias do Sul. Representando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), o chefe de cartório Edson Borowski palestrou sobre as "Ferramentas da Justiça Eleitoral para combate à desinformação". De acordo com Borowski, a Justiça Eleitoral está atenta a eventuais distorções que podem ocorrer até outubro, quando acontece o pleito municipal. Ele explicou que tanto quem produz quanto quem compartilha fake news pode ser responsabilizado e multado.
No comando da ARI, o jornalista José Nunes detalhou a campanha "O Direito e o Dever de Duvidar", a qual tem a adesão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) e do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS). Segundo Nunes, a produção de informações deve ser feita por profissionais qualificados e não por influenciadores sem a devida qualificação.
A presidente da ARI Serra Gaúcha, a jornalista e professora Vania Marta Espeiorin, tratou do papel da imprensa para coibir a desinformação. Conforme Vania, a comunicação é ferramenta essencial à vida em sociedade e a prestação de informações tornou-se um compromisso social não apenas dos veículos e profissionais do segmento, mas também por parte dos poderes públicos, da iniciativa privada e das instituições voluntárias. “Temos combatido insistentemente a desinformação, as chamadas fakenews, que causam um desserviço à sociedade. Por isso defendemos a qualificação do setor e pedimos que a comunicação esteja nos espaços de gestão de maneira estratégica”, afirmou a presidente da ARI Serra Gaúcha.
A vice-presidente da ARI Serra Gaúcha, Juliana Bevilaqua, e a diretora de Cultura, Valquiria Vita, apresentaram orientações para que a população possa checar se uma informação é verdadeira ou não.
Ao final do evento, foi entregue aos candidatos uma carta assinada pelos membros da diretoria da ARI Serra Gaúcha, gestão 2023/2024. O documento sugere que o futuro prefeito trate a comunicação como uma área estratégica em sua administração, optando por profissionais qualificados e formados para atuar na área. O texto também enfatiza a importância de manter transparência nas informações dirigidas à população e acessibilidade no relacionamento com a imprensa. A ARI se colocou à disposição para contribuir com o desenvolvimento da cidade e da região. Os candidatos assinaram o documento ao tomar ciência das demandas propostas pela Associação.
Confira o que disseram os candidatos*
ADILÓ DIDOMENICO
“A internet é uma ferramenta que veio para ajudar muito o ser humano. Infelizmente, por vezes, se torna o palco da ignorância, porque o pessoal lê a manchete, não lê a matéria e, às vezes a manchete propositadamente tem uma chamada um pouquinho mais picante. Isso é da arte, é do jornalismo. Mas a matéria vem com a explicação e o pessoal não lê, sai xingando, ofendendo. Isso tem sido muito comum e nós precisamos trabalhar, tem que cuidar muito essa questão. Nós estamos iniciando uma campanha, vamos fazer de tudo para manter a régua alta, porque nós temos muita coisa para discutir que interessa Caxias do Sul, e também trabalhar no combate à fake news, à desinformação, ainda mais no momento de Inteligência Artificial. Essa, sim, me causa muita preocupação, mas muita mesmo. Eu tenho certeza, pelo nível dos candidatos, que vamos trabalhar junto, cuidar disso, combater isso. Caxias tem um histórico bom de campanhas e nós vamos procurar manter nesse nível. Não vamos aceitar provocação, não vamos aceitar esse tipo de desinformação, porque aí começa a principal base se queremos governar o município que precisa hoje de muita harmonia, de muita paz. Problema nós já temos que chega, ainda mais esse ano, depois de toda a catástrofe climática que passamos. Não precisamos da catástrofe da desinformação nem das fake news. Esse é o nosso desejo, nós vamos fazer um esforço bastante grande. E se gente cometer algum equívoco, eu tenho a humildade suficiente de voltar atrás, reconhecer e corrigir, pode ter certeza. Qualquer um dos candidatos ou qualquer uma das coligações, nos cobre e nós vamos fazer a correção, não vamos insistir no erro. Ninguém está livre de cometer um erro, mas nós não vamos insistir no erro, não é do nosso estilo. Ao longo da minha vida, nunca tive nenhum problema de dar um passo atrás, vamos fazer de tudo para que a gente não tenha esse tipo de situação. Mas se acontecer, vamos corrigir e todo cuidado é pouco em checar a fonte, checar a informação, checar os dados para que a gente possa manter o nível e a segurança de tudo aquilo que vai circular, porque é isso que interessa ao eleitor e ao contribuinte. Eventualmente, um eleitor mais exaltado, e sempre vai acontecer, mas nós temos que saber filtrar e ter essa grandeza de poder corrigir e deixar isso de lado. Da nossa parte, pode ter certeza, nós vamos colaborar, vamos estar junto, porque é muito importante para todos nós que a gente possa fazer uma campanha em alto nível. Eu sei que tem situações que são do anonimato, a gente sabe que nesse mundo de Deus existe hoje, inclusive, o robô e coisa assim, mas eu tenho certeza que a justiça também tem ferramentas para conseguir identificar, E é isso que a gente precisa, fazer uma campanha limpa transparente e discutir aquilo que interessa para o município, para o contribuinte. Deixar de lado questões menores que não contribuem com nada. Estamos assistindo em algumas cidades ser desvirtuado o objetivo das campanhas e nós vamos ter que cuidar em Caxias. Pela sua tradição, pela história dos políticos que nos antecederam e, da nossa parte, pode ter certeza que vamos fazer um esforço muito grande. Essa será a orientação para nossa equipe de campanha. Agradeço a oportunidade, estamos juntos. O objetivo é fazer uma campanha em alto nível com a verdade, com as propostas de cada candidato e que o eleitor, ao fim e ao cabo, julgue e analise aquilo que ele entender que seja melhor para Caxias do Sul”.
DENISE PESSÔA
“Sobre a questão das fake news, a gente que já está há algum tempo na política tem visto o quanto se evoluiu e como mudou a forma. Eu me lembro quando tinha panfletos sem assinatura, apócrifos. Na véspera da eleição, voavam aqueles panfletos. Com a evolução da tecnologia, isso foi para as redes sociais e intensificou muito mais a mentira e a distorção das verdades. Isso é muito ruim. Uma mentira que se joga ao vento é como um travesseiro de penas, quando tu joga, é muito difícil tu recolher todas essas informações. A gente vive numa era em que a informação circula rapidamente, mas, infelizmente, nem todas as informações são verdadeiras. As fakenews não só desinformam, mas geram desconfiança e divisões, prejudicando o desenvolvimento da nossa cidade e de toda a sociedade. Como candidata à prefeita, vejo que o combate a essas práticas deve ser uma prioridade para fortalecer os nossos laços enquanto comunidade, nos afirmando como uma comunidade de verdade. Os líderes que querem o bem coletivo trabalham para promover o que une as pessoas e para fortalecer a comunidade, não atuam para dividi-la até porque a divisão enfraquece a comunidade. A gente tem mil exemplos de situações em que surgem lideranças a partir dessas fake news. O que foi trazido pelo José Nunes sobre influencers: eu pensava assim, poxa, com as enchentes o quanto os bombeiros trabalharam, quantos profissionais de segurança trabalharam e não foram tão reconhecidos como alguns influencers que apareceram, deram um show, um espetáculo e saíram. Os bombeiros ficaram trabalhando muito mais do que o seu horário e não foram tão reconhecidos ou ficaram no anonimato. Essa questão das fake news e como distorcer a verdade faz com que a gente não saiba mais o que é real. Como a gente estava mais longe das enchentes, ficamos mais suscetíveis às fake news, porque a gente não está vivendo o dia a dia, então, é mais fácil acreditar que tinha 10.000 mortos em Canoas. Mas, agora, um pouco sobre a questão eleitoral. A gente tem a questão das fake news, eu vejo que tem aquilo que é feito realmente para manobrar uma informação, para distorcer com o intuito de ganhar apoio. Tem o erro. As pessoas, às vezes, por engano podem dar uma informação distorcida, errada. Tem a manipulação da informação verdadeira, quando tu pinta com uma outra versão. Acho que essa é a pior. É aquela que tem um pingo de verdade, parece verdadeiro, mas não é. Muda a narrativa e distorce. Eu já tive duas decisões a meu favor sobre fake news e distorções em processos eleitorais, na eleição anterior e nesta eleição. Eu sei como agem para distorcer a verdade. Hoje, eu preciso deixar um reconhecimento ao prefeito Adiló. Eu cheguei aqui um pouco brava com o prefeito porque ele tinha feito um vídeo há pouco tempo, alguns minutos atrás, falando sobre a minha fala no debate eleitoral no Sindiserv, onde eu dizia que os índices do Ideb tinham caído em Caxias comparado à última avaliação. O debate foi no primeiro dia da eleição e já se passaram 10 dias. O prefeito acabou publicando na sua rede um vídeo dizendo que "ah, eu vou trazer a verdade". Ele trazia as informações comparando os dados do Ideb de Caxias com os de outros municípios. Deixava a entender que eu estava mentindo, mas, na verdade, eu não estava mentindo porque os dados do Ideb realmente caíram em Caxias, eu não estou comparando com outros municípios. Quando eu cheguei aqui (na Câmara), eu até falei para o prefeito: "vamos conversar hoje sobre desinformação". Eu mostrei os dados da tabela do MEC e o que eu falei está na tabela do MEC. Isso é verdade, isso é fato. O prefeito, preciso reconhecer, mais do que rapidamente conversou com a sua assessoria e pediu para retirar o vídeo do ar. Ele mesmo trouxe aqui no plenário que quando existe um equívoco tem que voltar atrás. Então, preciso reconhecer essa atitude do prefeito, porque eu também estranhei, nunca foi da sua índole fazer um vídeo distorcendo verdade. Não é, porque eu lhe conheço da política há muitos anos e sei que não é da sua prática. Acho que é assim que a gente faz política. Com diálogo, a gente vai construindo. Todo mundo pode cair no erro. Às vezes, a gente acaba, na correria, alguém passa uma informação equivocada, então, acho que a gente precisa reconhecer. Mas falar um pouco também sobre as nossas propostas do programa de governo para a área da comunicação. A gente construiu nosso programa de governo com um grupo destinado a debater a questão da comunicação, tinha profissionais de comunicação dentro do nosso programa de governo tratando sobre a comunicação. A gente acredita que a comunicação precisa ser feita com transparência para ser eficiente. A gente acredita que precisa utilizar meios de comunicação com a nossa comunidade como, por exemplo, mensagens de WhatsApp. A gente pode estar informando sobre campanha de vacinação, sobre mudança de horário de ônibus, fazendo uma comunicação direta com a população, fazendo essas orientações até nas questões climáticas. Por exemplo, lá no bairro Fátima teve a questão das enchentes, que poderia ter rompido a barragem. As pessoas não sabiam para onde ir, que horas ir, como fazia. A gente pode planejar isso através de uma comunicação para usar o WhatsApp. Com mapeamento, a gente consegue fazer isso. A gente também projetou ter o Conecta Caxias, uma ferramenta de participação social para ouvir o povo em decisões importantes. É um aplicativo no mesmo sentido que já existe em Recife. Além de dialogar com a comunidade, pode possibilitar o acesso a vários serviços da prefeitura. Quase uma prefeitura online. Claro, tem que ter um compromisso com as mídias tradicionais, rádio, TV e aí preciso reconhecer que rádio tem uma grande credibilidade entre as pessoas. O jornalismo precisa ser reconhecido porque nesse tempo de inverdades, o profissional do jornalismo que trata a informação checada precisa ser reconhecido. A gente precisa valorizar as mídias disponíveis, utilizar rádio, TV e também, claro, redes sociais e meios com a população através do WhatsApp, SMS e o Conecta Caxias, que é uma proposta para fazer com que a prefeitura fique mais dinâmica e possa conversar melhor com os munícipes”.
FELIPE GREMELMAIER
“Nós temos algumas passagens com relação à informação que eu acho importante citar. Quando fui presidente da Câmara, criamos o Parlavox, uma ferramenta que leva informação de forma ágil para a comunidade, principalmente para imprensa que pode acompanhar as sessões em tempo real com voz, imagem e fala. Quando fui secretário de Governo do município, criamos o Diário Oficial Eletrônico, que também agilizou a informação e auxiliou muito para que o município possa ter agilidade, inclusive, não perder recursos porque no Diário Oficial Eletrônico podem ser feitas diversas edições extras, independentemente do momento. Com relação ao convite de hoje, o nosso plano de governo tem um espaço específico para a comunicação, e a gente chamou de comunicação transparente participativa. Nós tivemos diversos debates dentro do grupo, entre MDB, PSD e comunidade que participou da elaboração do nosso plano de governo, e nós já apontamos algumas situações que vão de encontro, inclusive, à veracidade das informações, à liberdade de imprensa e à importância que tem o jornalismo e a imprensa de Caxias do Sul nesse processo público e da relevância que isso tem para levar informação transparente para nossa comunidade. Apontamos o uso da comunicação como um elo entre secretarias municipais, alinhando informações em comum entre os segmentos. A promoção de encontros com veículos de comunicação e produtores de conteúdo, visando à transparência no trabalho da prefeitura. A visita permanente à órgãos, entidades e instituições das mais variadas áreas para levar informações sobre o trabalho do Poder Executivo. A criação do Caxias Cast, um estúdio público para o cidadão, entidades e comunidade produzirem programas nos moldes do que acontece em São Paulo hoje. A gente tem certeza que Caxias do Sul pode comportar e deve comportar isso porque é um estímulo também para que a comunidade possa levar informação para as pessoas. A produção de podcast semanal com rodízio entre os secretários para que eles informem a comunidade todo o trabalho feito pelas mais variadas secretarias do município. Consideramos isso muito importante. E o uso das redes sociais do município de forma colaborativa para que a gente possa levar informação além daquilo que é o normal dentro do setor público. Entendemos também importante a potencialização da marca Caxias para a cultura, para o esporte, tendo impacto direto no turismo e no desenvolvimento econômico de negócio da cidade de Caxias do Sul. O investimento na divulgação da cidade e seus grandes eventos, vamos incentivar muito isso. Campanhas educativas para identificação de informações falsas, e eu acho que conversa diretamente com o que a gente está debatendo aqui hoje, nós temos que instruir a comunidade, instruir a população para que ela saiba verificar, para que perceba a importância que tem e, principalmente, que as pessoas percebam o risco que tem uma informação falsa. Nós vamos propor também a criação de campanhas educativas com relação a essa temática até porque o impacto na vida da sociedade é muito grande. A gente esteve agora diante de, talvez, amaior tragédia da história do Brasil e viu o quanto as pessoas recebiam informações falsas das mais variadas situações, sejam elas através de pessoas resgatadas ou não, seja através de recursos recebidos ou não, seja através de caminhões que acessavam no Rio Grande do Sul ou não. Enfim, tivemos uma série de informações verdadeiras e falsas que acabavam se confundindo porque as pessoas não sabiam mais em quem acreditar, e a gente entende que é fundamental que o município invista em campanhas que gerem informação verdadeira, isso vai ter um impacto extremamente positivo na sociedade. Reconhecemos o papel fundamental de uma imprensa livre e independente. Quando o prefeito Sartori assumiu o município, foi extinta a radioescuta que existia na prefeitura para que a imprensa tivesse a liberdade de trabalhar e levar a informação que tem como verdade. Nós manteremos também essa liberdade total para que a imprensa possa fazer o seu trabalho. Nós entendemos que é importante a união dos setores para que esses movimentos todos se conversem e cada vez mais a informação seja filtrada e levada de forma mais honesta e transparente para a sociedade, e nesse momento a participação da imprensa é fundamental. A gente está vivendo agora um período que é complicado, difícil, que é tenso, mas a nossa coligação, as pessoas que estão trabalhando com a gente, nós não aceitamos, eu e o Michel (Pilonetto, candidato a vice), e quem está coordenando a nossa campanha deputado (Carlos) Búrigo, o Rafael Toigo e o ex-prefeito José Ivo Sartori não aceitam de forma alguma a criação e divulgação de notícias falsas contra qualquer candidato que esteja disputando o pleito eleitoral de Caxias do Sul. A gente já começa nessa eleição sendo totalmente contrários a esse tipo de ação e vamos trabalhar muito isso durante a campanha para que a gente fale da gente, que a gente fale bem da gente, que a gente leve aquilo que nós estamos propondo para a sociedade sem, em momento algum, falar inverdades dos nossos adversários, porque nós temos uma premissa que no dia 7 de outubro a vida segue. Nós temos que nos respeitar, independentemente do momento e do processo que estamos vivendo. E só para colaborar, não sei se foi ontem que saiu essa informação do DataSenado, que 72% dos brasileiros já se depararam com notícias falsas na internet nos últimos seis meses. Isso é muito grave, é muito complicado, é muito pesado para esse momento que a gente está vivendo porque a gente tem que entender que é um momento difícil, sim, um momento complicado, sim,um momento que a gente vai falar e conversar sobre o futuro de Caxias do Sul, mas nós temos que falar sobre o futuro de Caxias do Sul com seriedade, com honestidade, com transparência e levar as informações verdadeiras daquilo que a gente acredita para a sociedade e consciência. Só para reforçar, essa é uma informação que saiu ontem, se eu não me engano, do DataSenado, em que 72% das pessoas do Brasil foram atingidas de alguma forma por notícia falsa e isso é muito pesado e é muito grave. Nosso plano de governo permanece aberto pra sociedade, para a imprensa, para todos os jornalistas que estão aqui hoje acompanhando esse momento que é muito especial. O nosso plano de governo permanece aberto porque a gente entende que Caxias do Sul se movimenta e a gente precisa estar sempre pronto para receber ideias, sugestões e informações verdadeiras daquilo que a gente acredita como o melhor para a cidade”.
MAURÍCIO SCALCO
“Eu tenho um compromisso com o combate à fake news e à desinformação. Nós somos contra a propagação de qualquer notícia falsa, mas nós precisamos deixar bem claro que somos favoráveis à liberdade de opinião, à liberdade de imprensa e que todas as pessoas possam manter essa liberdade que é garantida pela Constituição Federal, porque, muitas vezes, a gente vê pessoas sendo cerceadas de falar o que pensam e expor as suas ideias. Também é muito importante a gente trazer aqui que é importantíssimo a transparência dos atos públicos, ações, tudo que acontece no poder público assim como votos de vereadores, deputados, senadores. É importante trazer essa transparência a público. Muitas vezes, a imprensa, sei lá, esquece de divulgá-las, mas, muitas vezes, têm que ser divulgadas até nas redes sociais para a gente trazer a verdade à população. Vamos valorizar todas as pessoas da área da comunicação, a gente sabe a importância que tem, e nós precisamos reorganizar a comunicação da prefeitura de Caxias do Sul assim como a gestão, começando por diminuir o número de secretarias. Muitas vezes só servem para acomodar muito CCs e no nosso governo essas informações sobre os atos praticados pela prefeitura de Caxias do Sul terão ampla divulgação e transparência porque é muito importante a população saber tudo que está acontecendo no poder público do nosso município, do Estado ou do nosso país. Fica bem claro esse compromisso de divulgação plena de todos os atos que serão feitos ou serão executados pela prefeitura de Caxias do Sul a partir do ano que vem. Nós precisamos reestruturar toda a parte de comunicação da prefeitura e também adquirir novos equipamentos, porque, muitas vezes, sem equipamentos adequados fica difícil para os profissionais de comunicação exercerem seu trabalho. Nós precisamos ter profissionais qualificados e, ao mesmo tempo, qualificar os instrumentos para eles poderem trabalhar na prefeitura de Caxias do Sul, assim como unificar a linguagem de toda a secretarias no governo caxiense. Muitas vezes, a gente vê que a linguagem entre a secretarias está muito diferente. Informações, às vezes, são cruzadas, então, a gente tem que ter um controle sobre as informações e ter uma unificação do que é dito à comunidade e trazer também uma maior transparência. Outra coisa que eu notei é que o site da prefeitura não é nada inclusivo e responsivo. Tu faz as consultas e, muitas vezes, não vem em ordem cronológica nem nada, então, fica muito difícil a gente buscar informações. Isso tem que ser alterado também. Eu deixo aqui bem claro a importância que toda a imprensa tem para trazer também notícias e a verdade sobre o que está acontecendo. Eu tenho o maior respeito para com a imprensa, a imprensa sempre terá portas abertas no governo porque nós temos que dar transparência. Além do próprio governo transmitir à população, que a imprensa possa ter livre acesso a todas as informações e que possa fazer também críticas construtivas para a gente poder melhorar nosso governo como um todo. Nosso compromisso é esse, combate a fake news, que seja mantida a liberdade da população, não cerceado o seu direito à livre expressão. A gente vê que muitas vezes no país está acontecendo isso, principalmente com muitos influenciadores que não fazem fake news, mas ficam proibidos de expor seus pensamentos. A gente sabe da própria Constituição que se a gente fizer qualquer ato que seja falho existe a forma legal na Justiça para se cobrar essa desinformação e a punição cabível. O meu pronunciamento é mais por isso, trazer a transparência, que as pessoas mantenham a sua liberdade de expressão e que a imprensa continue fazendo o seu trabalho livre e divulgando amplamente tudo que acontece no nosso município e também no nosso país”.
*Cada candidato teve até 10 minutos para falar.
Sobre a ARI
A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) foi fundada em 19 de dezembro de 1935, em Porto Alegre, por 114 jornalistas e intelectuais, tendo como seu primeiro presidente Erico Verissimo. Sem caráter sindical, a entidade reúne profissionais da comunicação, integrando empregados, empregadores e autônomos. Além da valorização de toda a cadeia produtiva da comunicação, a ARI se destaca pela defesa da liberdade de imprensa e de expressão.
Sobre a ARI Serra Gaúcha
Na Serra Gaúcha, a ARI estabeleceu sua seccional em 28 de maio de 2003 por iniciativa da jornalista Juçara Tonet Dini (fundadora), com o apoio de outros 17 profissionais ligados à área da Comunicação. Até hoje, a ARI Serra Gaúcha foi presidida por quatro profissionais: Juçara Tonet Dini, de 2003 a 2009; Paulo Cancian (in memoriam), de 2010 a 2016; Evandro Fontana, de 2016 a 2018; Andreia Fontana, de 2018 a 2021. Vania Marta Espeiorin preside a gestão 2022-2024, tendo como vice Juliana Bevilaqua.
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